Eu não sou psicóloga,nem estudiosa do comportamento humano.
Mas uma coisa que já entendi, as pessoas vítimas de um relacionamento abusivo se matam de culpa.
Essa semana eu repassando os acontecimentos aqui de casa comecei a duvidar de mim. Em alguns momentos me perguntei se a abusadora não era eu? Tentei contemporizar comigo colocando os "mas","talvez", "quem sabe", será que eu esqueci alguma coisa? Será que eu estou sendo injusta em querer distância?
Mas isso é uma armadilha do outro para desestabilizar, minar a minha confiança. Principalmente quando estou convicta da verdade e dos acontecimento.
Eu tenho um sentimento de fraqueza muito grande, sempre fui forte (aos olhos dos outros) e até certo ponto me mantive forte. Mas hoje me sinto minada, enfraquecida, fragilizada e muito, muito envergonhada por todos esses sentimentos. O meu contexto é um contexto privilegiado, tenho o que a maioria das mulheres não têm financeiramente e até certo ponto, na maioria desse tempo eu fui feliz. Mas eu fico recaptulando, eu sempre fui muito tensa nesse relacionamento. Sempre quis fazer absolutamente tudo para retribuir, eu ia dizer agradar, mas eu convictamente digo retribuir. Ele me proporcionou tantas coisas boas que eu me sentia na obrigação de retribuir em carinho, cuidado e atenção. Mas...
...Comparando seria assim, se eu fosse uma pessoa má, todo o dinheiro e presentes, e viagens que ele me deu não bastariam, eu estaria insatisfeita e pediria mais e mais e mais até ele não ter mais recursos para suprir minhas necessidades, aí ele pegaria empréstimos e me sufocaria de presentes e dinheiro e viagens, mas eu ainda ia querem mais, aí ele pararia de pagar tudo e....bem, sabe aonde isso vai acabar. Não restaria mais nada e eu viraria uma pessoa nervosa, contrariada, chantagista, dizendo que ele não me ama porque não me dá o que eu quero. E regularmente agindo assim, ele ficaria desastabilizado, duvidando de si.
Essa é a minha leitura.
Ciclo de Vida da Borboleta (Foto: Internet) |
Fiquei olhando a minha amiga dando razão ao homem da história e pensando que ele estava usando a coitada para me ameaçar, ela nem percebeu, nem poderia já que não percebeu que não nos falamos ou que não nos suportamos. A vida inteira ele agiu assim, fazia a nossa vítima íntima um inferno, mas na frente dos outro era um gentleman. Demorei, mas agora faço isso e ninguém nem percebe que tem algo errado. Até porque, sempre com a cara triste e emburrada em épocas assim, as pessoas acabavam com pena do cara bem humorado, feliz.
Mas, o que mais me corrói é pensar que lá no início isso tudo estava aparente, mas eu não percebia. Abusadores são envolventes, sedutores, e eu não acho que ele tenha feito nada de caso pensado, hoje sim. Mas lá atrás não, eu facilitei a vida dele nãolhe dando limites. E depois que o sexo praticamente quase se extinguiu da nossa vida, ficou pior ainda. Como uma pessoa trata a outra mal e depois quer sexo? Não dá. Ele falou várias vezes que gostava de uma briga porque depois fazia as pazes co um sexo gostoso. Só esqueceu de perguntar se eu queria brincar. Não suporto brigas, bate boca dentro de casa. Poucas vezes comprei isso, e acredite, as poucas vezes que reagi ele tomou as dores para si e se saiu de vítima.
É ou não é uma guerra psicológica intensa?
Vou deixar um link de uma maravilhosa história de superação.
https://br.mundopsicologos.com/artigos/relacionamento-abusivo-o-relato-de-quem-viveu-um-amor-que-rebaixa?msg=1
Vou deixar um link de uma maravilhosa história de superação.
https://br.mundopsicologos.com/artigos/relacionamento-abusivo-o-relato-de-quem-viveu-um-amor-que-rebaixa?msg=1